Doenças e Tratamentos

Silicose: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Por Alan Costa, em 27/02/2018 (atualizado em 11/10/2021)
Silicose

A silicose é uma doença pulmonar causada pela inalação de sílica. O pó de sílica é o elemento principal que constitui a areia, fazendo com que a doença acometa principalmente mineiros, cortadores de arenito e de granito, operários das fundições e oleiros.

Também àqueles em que os trabalhos implicam na utilização de jatos de areia, na construção de túneis e na fabricação de sabões abrasivos, que requerem quantidades elevadas de pó de sílica, por exemplo.

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Normalmente os sintomas aparecem poucos meses ou muitos anos após a exposição inicial, dependendo do tipo da doença e da quantidade de exposição à sílica. A doença acontece pois, quando se inala o pó de sílica que é extremamente tóxico, as células depuradoras do pulmão acabam “engolindo-o” e quando elas liberam as enzimas, ocasionam a formação de um tecido cicatricial no pulmão.

O que é silicose?

Silicose é uma pneumoconiose (doenças pulmonares causadas pelo acúmulo de poeira nos pulmões) causada pela inalação de partículas de sílica. A silicose é uma condição causada pela inalação de muita sílica durante um longo período de tempo.

A silicose é uma condição causada pela inalação de muita sílica durante um longo período de tempo. A sílica é um mineral altamente comum, semelhante a um cristal, encontrado em areia, pedra e quartzo. A sílica pode ter consequências mortais para as pessoas que trabalham com pedra, concreto, vidro ou outras formas de rocha.

Causas da silicose:

A silicose é causada pela inalação geralmente crônica de partículas de sílica e leva alguns anos para manifestar sintomas, os quais são, no entanto, inevitáveis, a menos que a inalação seja precocemente interrompida.

A princípio podem aparecer nos pulmões pequenas áreas cicatriciais, que são conhecidas como silicose nodular simples, as quais posteriormente evoluem para áreas mais extensas de fibrose pulmonar.

Principais sintomas da silicose:

A intoxicação maciça e aguda por sílica pode provocar dificuldades respiratórias, febre e cianose. A silicose crônica causa uma fibrose progressiva dos alvéolos pulmonares, o que leva a dificuldades respiratórias e baixa oxigenação do sangue, provocando tontura, fraqueza e náuseas e, muitas vezes, incapacitando o trabalhador.

O coração é submetido a um esforço maior que o normal porque tem que trabalhar com mais intensidade para garantir a oxigenação do organismo e disso decorrem consequências sobre esse órgão (insuficiência cardíaca, por exemplo). Deve-se estar atento para o fato de que esta doença favorece o aparecimento da tuberculose pulmonar.

Prevenção:

Você deve tomar as seguintes medidas, para evitar silicose:

  • Evitar a trabalhar em pó, onde possível;
  • Use água, sprays e ventilação quando se trabalha em espaços confinados;
  • Se necessário,, use máscara respiratória para proteger de silício cristalino;
  • Não coma, beber ou fumar perto dos lugares empoeirados;
  • Depois de trabalhar com lavagem de mãos antes de comer poeira, beber ou fumar;
  • Tomar um banho e trocar de roupa antes de sair do trabalho.

Tratamentos:

Não existe um tratamento específico para silicose , então, o objetivo neste caso é diminuir os sintomas. Também é importante que pessoas diagnosticadas com silicose evitem qualquer tipo de contato com pó de sílica e que, se fumam, parem de fumar.

Além disso, como estão no grupo de risco para contrair tuberculose, é importante que o paciente seja testado para essa doença regularmente.

Esta doença não possui cura. Todavia, é possível impedir a evolução da doença, por meio da interrupção da exposição ao pó de sílica desde o começo dos primeiros sintomas. Indivíduos com dificuldade de respirar podem obter alívio.

Com o a realização do tratamento para a doença pulmonar crônica obstrutiva (fármacos que dilatam os brônquios e eliminam as secreções presentes nas vias aéreas). Uma vez que os pacientes com silicose são mais susceptíveis a infecção pela bactéria da tuberculose, estes devem ser submetidos a revisões médicas periódicas.

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