Doenças e Tratamentos

Leishmaniose: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Por Alan Costa, em 26/02/2018 (atualizado em 11/10/2021)
leishmaniose

A leishmaniose é uma Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos.

Há dois tipos: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta.

leishmaniose

Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos freqüente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.

O que é leishmaniose?

A leishmaniose é uma doença parasitária causada pelo parasita de Leishmania . Este parasita geralmente vive em moscas de areia infectadas. Você pode contrair leishmaniose de uma mordida de uma mosca de areia infectada.

As moscas de areia que carregam o parasita normalmente residem em ambientes tropicais e subtropicais. Ocorreram epidemias fatais em áreas da Ásia, África Oriental e América do Sul.

As regiões afetadas são freqüentemente remotas e instáveis, com recursos limitados para tratar esta doença. Médicos Sem Fronteiras chama a leishmaniose de uma das mais perigosas doenças tropicais negligenciadas. A organização também afirma que esta doença é o segundo lugar apenas para a malária em causas parasitárias de morte.

Principais causas:

O calazar é causada pelo protozoário parasita Leishmania que é transmitido pela picada de mosquitos-palha infectados. O parasita ataca o sistema imunológico e, meses após a infecção inicial, a doença pode evoluir para uma forma visceral mais grave, que é quase sempre fatal se não for tratada.

o que é leishmaniose

A doença afeta algumas das pessoas mais pobres do mundo e está associada à desnutrição, deslocamento de população, condições precárias de habitação e saneamento precário, um sistema imunológico fraco e falta de recursos financeiros. O calazar, em geral, também está ligado a mudanças ambientais como o desmatamento, construção de barragens, sistemas de irrigação e urbanização.

Sintomas da leishmaniose:

A doença, quando progride, se manifesta de dois a oito meses após a infecção com e se caracteriza por acessos irregulares de febre, perda de peso, fraqueza, aumento do baço e do fígado, nódulos linfáticos inchados e anemia. No entanto, se a carga parasitária é alta ou o nível de imunidade do paciente é baixo, o período de incubação é de 10 a 14 dias.

Diagnósticos:

O diagnóstico é realizado combinando os signos clínicos com os testes serológicos e parasitológicos. Além disso, os testes mais efetivos para diagnóstico de leishmaniose são invasivos pois demandam amostras de tecido, gânglios linfáticos ou da medula espinhal. Esses testes requerem instalações laboratoriais e especialistas que não estão disponíveis imediatamente em áreas endêmicas e com poucos recursos.

O método mais comum para diagnosticar o calazar é o teste da tira reagente, mas ele apresenta alguns problemas. Em áreas endêmicas, pessoas podem ser infectadas pelo calazar, mas podem não desenvolver a doença. Nesse caso, nenhum tratamento é necessário.

Infelizmente, o teste da tira reagente detecta apenas se o paciente é imune ao calazar. Além disso, logo, se o parasita estiver presente, o teste vai apontar que a pessoa tem a doença. Por isso, não pode ser usado para verificar se o paciente está curado, se foi reinfectado ou se teve uma recaída.

sintomas da leishmaniose

Tratamento:

O calazar é uma doença tratável e curável. Todos os pacientes diagnosticados precisam de tratamento rápido e completo, existindo diferentes opções, com efetividade e efeitos colaterais variados. Além disso, antimoniais pentavalentes são, normalmente, o grupo de medicamentos de primeira linha, administrados como tratamento de 30 dias de injeções intramusculares.

Enquanto antimoniais são bastante tóxicos e representam um risco aos pacientes que recebem o tratamento, aqueles que são curados do calazar quase sempre desenvolvem imunidade vitalícia. Pesquisadores esperam identificar formas de simplificar os regimes de tratamento, melhorar a segurança e reduzir o risco de resistência a medicamentos.

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